Folha de S. Paulo


Queima de fogos em Copacabana termina sob aplausos

Os 16 minutos de fogos de artifício em Copacabana (zona sul do Rio) terminaram sob aplausos.

Já o esperado beijaço, estimulado pela organização do evento, não foi percebido por muitos dos frequentadores da festa que estavam localizados próximos dos postos seis e três.
Em meio ao som de "smack", a proposta era de que milhares de casais promovessem o beijaço durante a maior festa de réveillon do mundo.

Durante o espetáculo de queima de fogos da virada, a organização informou que haveria uma breve pausa com um som de beijo amplificado pelas caixas de som espalhas pela praia. Logo em seguida, os fogos de artifício formaram corações no céu.

Com duração de 16 minutos, o show pirotécnico em Copacabana consumiu 24 toneladas de fogos de artifícios e 24 mil bombas.

Para a queima, foi montada uma estrutura com 11 balsas distantes 400 metros da orla. Eram esperadas 2,3 milhões de pessoas na festa. Até o momento não há estimativas oficiais de público.

O filme de animação "Rio 2" foi o tema da festa e ditou as fases da queima de fogos: voo azul, floresta de cores, natureza exuberante, aquarela carioca, paz e luz e bem-vindo 2014. O lançamento mundial do longa ocorre em 28 de março.

Também ocorreram shows antes e depois da virada, com três palcos montados ao longo da orla de Copacabana.

No principal, localizado em frente ao tradicional hotel Copacabana Palace, se apresentaram artistas como Nando Reis e Lulu Santos. Após a queima de fogos, foi a vez de Carlinhos Brown subir no palco.

A produtora Ana Maria Santos, moradora de Copacabana, disse que chegou à praia as 14h, sem a intenção de ficar até a queima de fogos. Quando percebeu a forte movimentação no local, decidiu reunir os amigos e ficou em um espaço perto do mar, reservando lugar para o grupo de dez amigos.

"É o melhor lugar para se estar no Réveillon. Trouxemos azeitona, queijo e outras coisas".

O argentino Damian Ayarza, 41, veio ao Rio com um amigo para passar o Ano-Novo no Rio pela primeira vez. Ele está hospedado em Ipanema e veio a Copacabana caminhando.
"Em Buenos Aires não há festas de réveillon populares, são apenas festas em casas. Fiquei emocionado ao ver essa confraternização".

PROBLEMAS

As filas para utilizar um dos banheiros químicos espalhados pelo bairro eram grandes na noite do Réveillon. A Secretaria de Turismo instalou 300 banheiros químicos, um para cada 7.666 pessoas que eram esperadas.

Rafael Bucco, 32, contou que teve problemas para conseguir comprar uma água momentos antes da virada.

"Fiquei na fila 25 minutos e quase perdi a queima de fogos", disse ele, que estava próximo ao posto seis.

TRÂNSITO

A Prefeitura do Rio montou um esquema de trânsito para facilitar a circulação de pedestres no bairro. Desde as 22h do dia 31, todos os veículos foram proibidos de circular nas ruas de Copacabana, inclusive táxis e ônibus.

Para evitar caos no acesso às estações do bairro (Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos, Cantagalo e General Osório), o Metrô Rio montou esquema especial com venda antecipada dos bilhetes (R$ 3,20 cada trajeto) para utilização em horários pré-determinados (entre 19h e 0h, na ida, e da meia-noite às 5h, na volta).

VEJA OS NÚMEROS DO RÉVEILLON DE COPACABANA

2,3 milhões é a estimava de público

3 palcos

300 banheiros químicos distribuídos pela orla

5 postos médicos

1500 profissionais na equipe de produção

32 torres de som

30 postos de policiamento

56 UTI Móveis


Endereço da página:

Links no texto: