Folha de S. Paulo


Márcia Cristina Naomi Yoshioka (1966-2013) - Médica, viajante e poliglota

Caçula de uma família descendente de japoneses de Registro, interior paulista, Márcia Cristina Naomi Yoshioka sempre quis ser médica. Chegou a São Paulo aos 14 anos para fazer colégio e cursinho e viver com a irmã mais velha, Vera, no bairro da Liberdade.

Aos 17, entrou na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), antiga Escola Paulista de Medicina, onde se especializaria em dermatologia e conheceria o marido, o cirurgião vascular Luis Carlos Uta Nakano, 47, na época estudante da mesma turma.

Anos depois de formada, atendia em consultório particular e trabalhava na Unifesp e no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids.

A descoberta de um agressivo linfoma, há três anos, a levou a passar por dois transplantes de medula, quimioterapia e radioterapia. "Nunca a vi reclamar. Ela era muito lutadora", afirma a irmã Vera Yoshioka, 59.

Márcia era do tipo "GPS": sempre sabia exatamente como chegar aos lugares. Fluente em francês, inglês e espanhol, guiava os familiares nas viagens que tanto gostava de fazer. A última foi à Califórnia, em 2012, com Vera e Luis.

Adepta da pescaria e da corrida, era imbatível no videogame, do Atari ao Nintendo Wii. Outro prazer era ir aos shows de suas bandas favoritas, como The Killers, The Cranberries e Keane.

Morreu no dia 18, aos 47 anos, de septicemia em decorrência do linfoma. Deixa marido, mãe, três irmãos e sete sobrinhos. A missa de um mês será no dia 19 de janeiro, na paróquia Anglicana de Santa Cruz, na Vila Clementino, às 10h30.

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