Folha de S. Paulo


Haddad aprova criação de parque na rua Augusta

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), aprovou a criação do Parque Municipal Augusta, em um terreno de 24.752 m² localizado entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, na Consolação.

De acordo com publicação no "Diário Oficial" da Cidade de hoje, "o referido parque terá como referência atividades relacionadas à prática de atividade física, educação ambiental e preservação da memória paulistana".

Procurada, a prefeitura não divulgou os custos do projeto. A última estimativa da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, deste ano, era de que o valor do terreno poderia chegar a R$ 70 milhões.

A área havia sido declarada como de utilidade pública pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD) em 2008.

Em agosto, o decreto venceu e a prefeitura não concluiu a desapropriação. A administração dizia não ter dinheiro para isso.

Em novembro, foi divulgada a compra da área pelas incorporadoras Setin e Cyrela. As duas não se manifestaram.

O projeto de lei que cria o Parque Augusto é de autoria conjunta do vereador Aurélio Nomura (PSDB) e do ex-vereador Jucelino Gadelha (PSB). Os vereadores Ricardo Nunes (PMDB), Coronel Telhada (PSDB), Mário Covas Neto (PSDB), Patrícia Bezerra (PSDB), Gilson Barreto (PSDB), Toninho Vespoli (PSOL), Coronel Camilo (PSD) e Ricardo Young (PPS) assinam a lei como coautores.

Fabio Braga/Folhapress
Área que vai receber o Parque Augusta; terreno de 24.752 m² fica entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá
Área que vai receber o Parque Augusta; terreno de 24.752 m² fica entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá

RECLAMAÇÕES

Desde o anúncio de compra, o local passou a ser ocupado por ativistas a favor da sua preservação. As manifestações, por vezes com shows e eventos culturais, também resultaram em reclamações.

"Sou a favor do parque, mas um que a gente não tenha esse cenário", diz uma moradora da região que não quis se identificar. "Vi gente usando drogas e transando ali."

Segundo a comunicadora Nina Liesenberg, 31, que integra um grupo que luta pelo parque, o local não deve ter grandes shows. "A proposta é que seja um parque com gestão da população."
A Secretaria do Verde e Meio Ambiente disse que ainda não tem informações sobre como funcionará o parque.


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