Folha de S. Paulo


Cresce número de casamentos, mas uniões duram menos

Os brasileiros estão se casando mais, mas os relacionamentos são mais curtos e aumentaram os divórcios. Tal retrato surge dos dados estatísticas do Registro Civil 2012, pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE.

Ainda que estável em relação a 2011, a taxa de nupcialidade legal - número de casamentos para cada mil pessoas de 15 anos ou mais de idade - cresceu na última década, passando de 5,6 por mil em 2002 para 6,9 por mil em 2012.

O grupo de mulheres com 20 a 24 anos segue com a maior participação - de 30 por mil - no total de casamentos, mas o maior aumento ocorreu entre aquelas com 30 e 34 anos _cuja taxa por mil aumentou de 11,5 em 2002 para 20,2 em 2012.

Em um a cada quatro casamentos a mulher é mais velha que o homem e essa proporção vem crescendo. O percentual subiu de 20,7% em 2002 para 24,0% em 2012. Tal fenômeno, diz o IBGE, ocorreu em todas as grandes regiões do país.

Editoria de Arte/Folhapress

DIVÓRCIOS

Se os brasileiros estão se casando mais, eles estão também desmanchando mais facilmente as uniões. A taxa de divórcios de 2012 - de 2,5 a cada mil - é a segunda maior desde 2002, quando era de 1,2 por mil.

Em 2012, foram registrados 341,6 mil divórcios concedidos em 1ª instância e sem recursos ou por escrituras extrajudiciais. Trata-se de uma redução de 1,4% em relação a 2011, a maior da série.

Com isso, a taxa geral de divórcios (o número de divórcios para cada mil pessoas com 20 anos ou mais de idade) em 2012 foi de 2,5 por mil, inferior apenas à de 2011 (2,6 a cada mil).

Pelos dados do IBGE, caiu o tempo médio de duração dos casamentos, que era de 17 anos em 2007 e passou para 15 anos em 2012.

A redução ocorreu em todas as unidades da federação em relação a 2007. "As novas possibilidades legais para o divórcio podem ter ajudado a formalizar situações em que já havia dissoluções [separações] informais", diz o IBGE.


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