"Quem está reclamando [do IPTU] são alguns setores bem abastados, principalmente alguns juízes e promotores que moram em Higienópolis", disse ontem Arselino Tatto (PT), líder do governo, ao comentar a decisão do Tribunal de Justiça, que suspendeu a alta do IPTU na cidade.
Homem forte de Haddad no Legislativo, Tatto diz estar certo de que a decisão será derrubada em instâncias superiores. "Vamos reverter essa decisão na Justiça. Assim que chegarem os carnês, a população de baixa renda vai perceber que haverá diminuição do imposto", afirmou.
Justiça suspende lei que previa aumento do IPTU em São Paulo
Vereadores querem nova votação do IPTU; decisão da Justiça emperra orçamento
A base petista diz que a decisão prejudica investimentos em áreas sociais.
As declarações de Tatto ocorreram após movimentação de vereadores --de partidos como PSDB, PSD e PV-- para que um novo projeto de IPTU seja votado neste ano.
"O prefeito terá que ter humildade para debater um novo projeto com a sociedade", afirmou José Police Neto, do PSD de Gilberto Kassab.
Líder do PSDB na Casa, Floriano Pesaro defende que sejam emitidos os carnês só com a correção da inflação.
O vereador Paulo Fiorillo (PT) já prepara uma emenda ao Orçamento prevendo uma receita de IPTU R$ 800 milhões inferior à planejada.
Fiorilo, que é relator do orçamento, afirmou que a mudança não ocorrerá caso a prefeitura reverta a decisão judicial até semana que vem.
Police Neto já recolheu ontem 34 assinaturas para um novo projeto de reajuste de IPTU limitado pela inflação.
O Orçamento prevê arrecadação de IPTU de R$ 6,6 bilhões --R$ 1,5 bilhão mais que em 2013.