Folha de S. Paulo


Mais um bombeiro deixa a UTI após combate a incêndio no Memorial

Mais um soldado do Corpo de Bombeiros deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas nessa terça-feira. Ele é um dos 24 homens da corporação que precisaram de atendimento médico após combaterem o incêndio que atingiu o Memorial da América Latina, na última sexta-feira.

Segundo a assessoria dos bombeiros, além do soldado Pavani, que deixou a UTI e foi para a enfermaria, outros dois homens da corporação continuam internados, ambos na UTI. Eles foram feridos por causa do flash over --quando a fumaça concentrada no teto desce rapidamente.

O capitão Marcos Palumbo, que também se feriu na ocasião, diz que as falhas nos sprinklers (chuveiros automáticos) e hidrantes prejudicaram a contenção do fogo. Isso ocorreu após uma queda de energia --também investigada como causa do incêndio e que impossibilitou utilizar os equipamentos.

O Memorial afirmou ontem que o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) fará o laudo da estrutura do prédio em que funciona o auditório Simón Bolívar, atingido pelo incêndio. O laudo deverá determinar se ele terá que ser apenas reformado ou reconstruído.

O incêndio consumiu cadeiras, carpetes, forrações acústicas e o palco. Uma tapeçaria, desenhada por Tomie Ohtake, também deve estar totalmente destruída. Por causa do calor, parte das vidraças também estourou. Muita fumaça saiu pelo teto, que ficou estufado em alguns locais.

MEMORIAL

O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

Editoria de Arte/Folhapress

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