Folha de S. Paulo


Advogado de construtora diz que acidente foi uma 'catástrofe'

O advogado da construtora Salema, responsável pelo prédio que desabou ontem (2) em Guarulhos (Grande SP), disse que o acidente foi uma "catástrofe". Segundo ele, a empresa precisa entrar nos escombros para avaliar quais foram as causas do acidente.

Maurício Monteagudo acha pouco provável de que antes de desabar o prédio apresentasse rachaduras. A denúncia foi feita hoje pela manhã por funcionários da construção.

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"É uma catástrofe. Não podemos nem apurar o que aconteceu, pois nós não sabemos o que está acontecendo direito. Não podemos emitir nenhum laudo porque nós precisamos entrar para verificar o que realmente aconteceu", afirmou.

O advogado ainda descartou a possibilidade de que os funcionários não tivessem equipamentos de segurança. "Sem equipamento de segurança é impossível. Obra deste tamanho sem fiscalização não existe", disse Monteagudo.

Cerca de 40 bombeiros permanecem no local em busca do operário Edenilson de Jesus Santos, 24. Eles trabalham no segundo pavimento do subsolo próximo ao alojamento dos funcionários.

O trabalho das equipes é manual e apenas uma máquina retroescavadeira trabalha no entorno dos escombros. Cães farejadores também ajudam nas buscas.

Segundo a prefeitura, o alvará da obra foi emitido em 23 de novembro do ano passado e autorizava a construção de um condomínio residencial de 30 apartamentos e dois salões comerciais, totalizando 3.706 metros quadrados.

Em maio a construtora Salema entrou com pedido para adicionar um mezanino em um dos salões. O novo alvará foi expedido no mês passado, afirmou a prefeitura.

Editoria de arte/Folhapress
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