Folha de S. Paulo


Aeroporto de Guarujá receberá voos comerciais após privatização

O governo federal assina hoje a autorização para permitir a instalação do aeroporto de Guarujá, no litoral paulista, na área da Base Aérea de Santos. O aeroporto será compartilhado para voos civis e militares.

O ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Moreira Franco, vai entregar à Prefeitura do Guarujá a outorga do aeroporto, que será reformado após ser privatizado, a exemplo do que já ocorreu com Cumbica (Guarulhos), o aeroporto de Brasília e o do Galeão, no Rio.

Segundo a SAC, Guarujá deve receber voos hoje dirigidos a Congonhas e Cumbica.
A base é localizada no distrito de Vicente de Carvalho.

As simulações realizadas pela prefeitura indicam que o aeroporto poderá receber uma média de até 21 voos diários e cerca de 500 mil passageiros por ano, em aeronaves de médio porte.

A transferência da outorga é o primeiro passo para a privatização. Depois, a prefeitura vai submeter o modelo de concessão à SAC e elaborar o edital de privatização.

O grupo que vencer a concorrência terá de investir entre R$ 85 milhões e R$ 100 milhões para construir um terminal, reformar a pista e modernizar os sistemas de sinalização e de drenagem. Também devem ser reorganizadas as vias de acesso ao local.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Aeroportuário do Guarujá, Dário Lima, o edital de concessão deve ser lançado ainda em 2014.

A pista atual tem 1.390 metros, mas também deve ser ampliada em 210 metros.

Como terá caráter regional, o aeroporto vai realizar a ligação entre Guarujá e cidades intermediárias, como Campinas e Ribeirão Preto, e capitais do país.

Lima não quis estimar quando o aeroporto receberá os primeiros voos civis, mas, caso não haja percalços nos processos de licenciamento ambiental e de privatização, isso deve ocorrer até 2015.

"Hoje, com os sistemas de construção de terminais em módulos, as empresas privadas conseguem acelerar a obra. Será muito mais rápido."

EMPRESAS

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) vai entregar hoje à prefeitura as avaliações de demanda para o novo aeroporto.

Além do público mais óbvio, formado por veranistas, a associação estima que haverá usuários em busca de turismo de negócios, em conferências e outros eventos, e funcionários do complexo industrial da Baixada Santista.

"Esse aeroporto consolida a Baixada Santista em um outro patamar econômico. Para as companhias, ele é visto como um dos prioritários em todo o país", afirma o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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