Folha de S. Paulo


Polícia apura se sobrecarga causou incêndio no Memorial

A polícia de São Paulo investiga se o incêndio que atingiu o Memorial da América Latina na última sexta-feira foi provocado, inicialmente, por uma sobrecarga vinda da rede de energia elétrica.

O presidente da Fundação Memorial, João Batista de Andrade, diz que o fogo que destruiu totalmente o interior do auditório Simón Bolívar começou no forro do teto, após um curto-circuito.

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Uma das hipóteses investigadas é se o curto foi provado por problema de abastecimento da Eletropaulo. A hipótese é que a carga vinda na rede de rua foi acima da capacidade suportada pelos equipamentos do Memorial.

A Eletropaulo confirma que, naquele dia, houve falta de energia elétrica na região iniciada às 13h19. E que o reestabelecimento se deu às 14h58, no momento apontado como início do incêndio.

A concessionária diz que o problema no abastecimento se deveu "a uma falha em componente da rede da distribuidora, localizado na rua Homem de Melo (em Perdizes, região oeste de SP)".

A empresa diz não ter verificado nenhuma sobrecarga. "A concessionária monitora a sua rede por meio da central de operações e não detectou nenhum outro problema técnico no sistema", diz em nota enviada à reportagem.

Um funcionário do restaurante do Memorial disse à Folha, no dia incêndio, que no momento do restabelecimento da energia houve um estrondo e, em seguida, as chamas começaram.

A possibilidade de sobrecarga foi levantada por funcionários da prefeitura que participam das apurações.

MEMORIAL

O memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989 e ocupa uma área de 84.480 m² na Barra Funda, zona oeste. O projeto foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) com desenho do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).

Editoria de Arte/Folhapress

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