Folha de S. Paulo


16 pessoas ficam feridas em incêndio do Memorial; duas em estado grave

Quinze bombeiros e um brigadista ficaram feridos nesta sexta-feira enquanto tentavam controlar o incêndio que atinge o Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo. Dois deles foram socorridos em estado grave, mas já estão fora de perigo.

As informações são do Hospital das Clínicas, para onde foram encaminhados os feridos.

Segundo o capitão da PM Emerson Massera, um grupo de bombeiros foi atingido por fumaça e labaredas ao entrar no auditório Simon Bolívar, que até então estava trancado, para tentar controlar a origem do incêndio.

Como o auditório estava com pouca oxigenação, ocorreu um fenômeno chamado "flash over". A entrada rápida de oxigênio, provocada quando os bombeiros abriram as portas, fez as labaredas se alastrarem.

Um brigadista de incêndio do Memorial foi socorrido com queimaduras na orelha. Outros bombeiros da PM inalaram fumaça tóxica.

DIFICULDADE

Segundo o major Mauro Lopes, da Polícia Militar, havia um acúmulo excessivo de gases inflamáveis e muito quentes no teto do auditório do Memorial da América Latina durante o incêndio.

Ele disse que isso ocorreu devido a uma queima muito lenta do oxigênio do ambiente. "Assim que os bombeiros começaram a combater o incêndio, resfriando o local, esse gás quente desceu atingindo-os, num fenômeno chamado flashover", afirmou o major.

Lopes disse que dois bombeiros saíram do local da ocorrência inconscientes e entubados, pois sofreram queimaduras nas vias aéreas. Nenhum deles, porém, corre risco de morrer. Segundo o major, as outras vítimas tiveram apenas ferimentos leves.

Lopes afirmou que o controle das chamas é muito difícil porque há alta temperatura, gases tóxicos e pouca luz e ambiente fechado.


Endereço da página:

Links no texto: