Folha de S. Paulo


Prefeitura promete tirar moradores de rua acampados no Masp

A Prefeitura de São Paulo promete tirar os moradores de rua que estão acampados no Masp (Museu de Artes de São Paulo). O caso foi denunciado pela Folha na edição desta sexta-feira.

Ao menos 25 pessoas moram em barracas de camping no cartão-postal da avenida Paulista. O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que antes mesmo da publicação da reportagem ele já havia discutido o tema como secretário de Secretário Municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto.

Morador de rua 'se muda' para o vão-livre do Masp
Direção do Masp diz que vão livre já é usado para traficar drogas

De acordo com Haddad, a presença da GCM (Guarda Civil Metropolitana) deve se tornar mais ostensiva a partir dos próximos dias. "Ainda ontem conversei com o Roberto Porto para a gente tomar as mesmas providências que tomamos nas praças do centro da cidade. Todas elas foram retomadas com a presença ostensiva de servidores públicos e da guarda civil", disse.

Em meados de outubro deste ano a prefeitura ampliou o efetivo de GCMs na praça da Sé, inclusive com um ônibus para o monitoramento 24 horas da região amplamente frequentada por moradores de rua e usuários de droga. O veículo, batizado de "big-brother", integra uma ação que pretende revitalizar o marco zero de São Paulo.

Haddad descartou o uso do mesmo veículo na região do Masp, mas disse que o espaço será devolvido à população. "Ali é um lugar de usufruto, ou seja, não é um lugar que pode ser tomado por um grupo. Aquilo pertence a toda a cidade. Lugar público é para o uso público", afirmou.

O prefeito ainda disse que parte dos frequentadores do vão-livre pode ter "migrado" do centro para a região. "Quando você retoma um espaço público [caso da Sé] as pessoas, as vezes, migram. Então você tem que estar sempre vigilante", disse. Haddad ainda disse que pedirá a ajuda da secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para a ação.

Questionado sobre o investimento da prefeitura em habitação Haddad disse que o seu governo será o primeiro, desde do ano 2000, que investirá mais que o último ano do mandato anterior. Ele não citou números, porém classificou isso como "um feito".

"Em geral os investimentos no primeiro ano de administração cai entre 20 e 30% para a contenção de dívidas herdadas da administração passada. Este ano, não só pagamos as dívidas dos anos anteriores como vamos conseguir fazer mais investimentos que o ano passado [último ano da gestão Gilberto Kassab]. Em geral, o último ano de uma administração é o ano que mais se investe", afirmou Haddad


Endereço da página:

Links no texto: