Folha de S. Paulo


Um quarto dos brasileiros tinha plano de saúde em 2012, diz IBGE

Um quarto dos brasileiros tinha plano de saúde em 2012, embora a desigualdade de acesso a esse serviço fosse muito grande e acompanhasse o padrão de renda de cada Estado. Para o país como um todo, o percentual da população com plano ou seguro saúde era 24,7% em 2012, segundo o estudo Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE.

O instituto usou informações da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Os dados mostram o aumento da cobertura prestada por planos e seguros saúde. Em 2002, 17,9% da população do país era atendido pelo serviço.

O percentual, porém, variava muito entre os Estados e, via de regra, seguia o perfil de renda de cada um deles. No topo, aparecia São Paulo, onde 43,6% dos habitantes tinham plano de saúde em 2012. Em seguida, vinham Rio de Janeiro (36,6%), Espírito Santo (32,6%) e Distrito Federal (29,6%).

Os Estados com as menores fatias da população com acesso a planos e seguros de saúde eram Acre (5,6%), Roraima e Maranhão --ambos com 6,6%.

Editoria de Arte/Folhapress

MÉDICOS

Em meio à discussão sobre o programa "Mais Médicos", dados do Conselho Paulista de Medicina, compilados pelo IBGE, mostram a carência de médicos no país, fenômeno que atinge quase todas as regiões.

Só a região Sudeste cumpre a meta de 2,5 médicos para cada grupo de 1.000 habitantes, atingindo o número de 2,65 profissionais para cada grupo de mil habitantes. A pior situação é a do Norte, onde não há nem sequer um médico para cada mil pessoas (o número exato é 0,98).

Nem mesmo no "rico" Sul a meta do ministério é alcançada. Lá, havia em 2011 (ano da pesquisa do conselho) 2,03 médicos para mil moradores.

MORTALIDADE INFANTIL

Se há carência de médicos, existe, por outro lado, dados de saúde que apontam melhora. É o caso da mortalidade infantil, que atingiu, em 2010 (último dado disponível), 18,6 crianças de até cinco anos a cada mil nascidas vivas.

A taxa se aproximou naquele ano à meta da ONU, estabelecida nas "Metas do Milênio" para o ano de 2015, que previa uma taxa de 17,9 por mil. "É um dado relevante e mostra que provavelmente já chegamos a esse objetivo em 2013", afirma Ana Lucia Saboia, coordenadora da pesquisa.

IDOSOS

O envelhecimento da população aumenta a demanda por profissionais de saúde e assistência médico-hospitalar, mas também repercute no mercado de trabalho, que absorveu, nos últimos anos, uma parcela maior de idosos. Em 2002, 30,4% das pessoas com mais de 60 anos estavam empregadas. O percentual subiu para 34,7% em 2012.


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