Além do reforço do efetivo que patrulha a orla, a Polícia Militar do Rio irá realizar revistas nos finais de semana nos ônibus que partem do subúrbio com direção às praias da zona sul do Rio, e o foco principal é identificar menores que possam praticar furtos ou arrastões.
"As abordagens serão intensificadas em locais onde existam linhas de ônibus com destino a zona sul, porque nesses locais foram identificados um fluxo grande menores com esse destino", disse a PM, por meio de sua assessoria de imprensa.
Após arrastões, agentes infiltrados vão agir no Rio
Contra arrastão, Rio terá delegacia na praia e maior efetivo
Para evitar possíveis acidentes, a operação não será realizada em dias de chuvas. A Polícia Militar solicitou ainda apoio ao Conselho Tutelar para "que atuem em relação a delitos de menores ou falta de autorização para circularem sozinhos."
A partir deste final de semana, o policiamento já foi reforçado e terá 600 policiais dos dois grupamentos de elite das forças de segurança do Rio, Batalhão de Choque e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais). Parte dos agentes vão atuar infiltrados entre banhistas.
A decisão de usar os dois grupos de policiamento na orla é uma tentativa de evitar novos arrastões como os que aconteceram nos feriados de 15 e 20 de novembro.
Ao todo, prefeitura e governo do Rio mobilizarão 850 homens, entre policiais civis, militares e integrantes da Guarda Municipal.
A Secretaria de Segurança Pública promete ainda patrulhamento com motos nas ruas de acesso à praia e até nos acessos às favelas de Manguinhos e de Jacarezinho, na zona norte.
Nessas áreas, a polícia colocará PMs observando o embarque de pessoas em ônibus que têm ponto final nas praias da zona sul. Os policiais foram orientados a retirar dos veículos quem for pego pulando a roleta e se recusando a pagar passagem.
A polícia tem informações de que saíram dessas duas favelas os jovens que praticaram a onda de assaltos na praia nos feriados.
Além dos policiais e de uma delegacia móvel que será instalada na praia do Arpoador, entre Copacabana e Ipanema, o Conselho Tutelar ajudar na busca pelos pais de crianças envolvidos em possíveis tumultos.
Dentre as 15 pessoas suspeitas de terem participado dos arrastões de quarta-feira estavam dois meninos de 10 anos, que foram apreendidos. A polícia promete responsabilizar os pais que tiverem os filhos flagrados praticando crimes na praia.