O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (22) que a pasta prestará todas as informações necessárias para esclarecer as suspeitas de irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no programa Mais Médicos, do governo federal.
Conforme a Folha noticiou hoje, uma auditoria do TCU aponta "indícios de irregularidades" na contratação de cubanos pelo programa, como o pagamento sem justificativa técnica de R$ 24,3 milhões à Opas (Organização Panamericana de Saúde), com a qual o governo federal fechou convênio para trazer 4.000 médicos de Cuba.
A votação do TCU foi suspensa após pedido de vista do ministro José Jorge.
"O Ministério da Saúde vai dar todas as informações necessárias para o TCU acompanhar a implementação do Mais Médicos. Para nós, ficou claro que não é uma posição fechada do TCU, é uma posição inicial", disse o ministro após participar da inauguração de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Horizonte, região metropolitana de Fortaleza.
Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff anunciou que todos os municípios do Ceará que se cadastraram para receber profissionais do Mais Médicos serão atendidos até o fim deste ano.
O Estado já recebeu 350 médicos do programa e espera receber mais 223 em dezembro, beneficiando 1,2 milhão de pessoas.
"Eu quero dizer que, agora em dezembro, todos os municípios do semiárido terão pelo menos um médico para atender a população. Em muitos lugares não tinha nenhum", disse Dilma.
A presidente usou parte de seu discurso para elogiar o programa do governo federal.
"Havia muitos municípios sem médicos no Brasil, e a gente pode falar o que for, onde não tiver médico não tem saúde, atendimento à saúde, tanto para tratar quanto para prevenir. Por isso que nós fizemos aquele programa que chamou e chama Mais Médicos", disse.
A previsão do governo é que 13 mil médicos do programa atuem em todo o país até março de 2014, atendendo até 16 milhões de pessoas.