Folha de S. Paulo


Em Manaus, publicitário é condenado pela morte do pai, da tia e da prima

O publicitário Jimmy Robert de Queiroz Brito, 34, foi condenado, na manhã desta sexta-feira (22), em Manaus, a cem anos de prisão pela morte do pai dele, Roberto Brito, 60, uma tia, Gracilene Roberto Belota, 55, e a prima Gabriela Belota, 26, em crime ocorrido em janeiro deste ano.

Além dele, considerado o mentor do crime, também foram condenados Ruan Pablo Bruno Cláudio Magalhães, 20, e Rodrigo de Moraes Alves, 19, a 90 anos e 94 anos e oito meses de prisão, respectivamente, pela participação no triplo homicídio. O julgamento durou cerca de 20 horas.

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As defesas dos três réus afirmaram que vão recorrer da sentença. Uma suposta herança de R$ 200 mil foi a principal motivação do crime, segundo a Justiça.

Na época do crime, o publicitário confessou à polícia que matou a família asfixiada e com golpes de faca.

O triplo homicídio provocou grande comoção em Manaus. A tia do publicitário, Maria Gracilene Belota, 59, era coordenadora-geral de Comércio Exterior da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).

A filha dela, Gabriela Belota, 26, era estudante de odontologia na UEA (Universidade Estadual do Amazonas), consultora de moda e tinha um blog em uma rede social.

A terceira vítima foi o comerciante do ramo de embarcações Roberval Roberto de Brito, 63, que era irmão de Gracilene Belota e pai de Jimmy.

De acordo com a Polícia Civil, os corpos de Gracilene e Gabriela Belota foram encontrados no apartamento delas, na zona oeste de Manaus. O corpo de Roberval Brito estava em sua casa e foi achado por familiares.

Ele tinha livre acesso à casa da família Belota e os amigos simularam um assalto para iniciar a sequência de mortes, segundo as investigações. Brito foi preso no próprio condomínio em que a tia e a prima foram mortas, na casa de outra pessoa.

Em sua página na rede social ele tratava a tia como "um anjo". Dias antes do crime, também postou fotos junto com Rodrigo e Ruan.

De acordo com a polícia, os três planejaram os crimes para que o publicitário ficasse com o dinheiro da venda de barcos do pai e com uma pensão deixada pela mãe dele, que morreu em 2012.


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