Em 2011, uma série de reportagens da Folha revelou que o ex-ministro Antonio Palocci multiplicou seu patrimônio por 20 atuando como consultor.
Em apenas quatro anos, ele subiu de R$ 375 mil para R$ 7,5 milhões, incluindo um apartamento de R$ 6,6 milhões em São Paulo.
Ele atribuiu a evolução ao trabalho de consultoria, cujo faturamento atingiu R$ 20 milhões em 2010.
Desgastado e sem explicar a origem dos recursos e para quem trabalhou, ele teve que deixar o governo em junho de 2011.
O advogado José Roberto Batochio, defensor de Palocci, disse ontem à Folha que cláusulas de confidencialidade impediram o ex-ministro de explicar publicamente o crescimento de seu patrimônio.
O ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho acusaram a prefeitura de ter vazado os dados.
Segundo Batochio, todas as ações na área criminal foram arquivadas. "Ele comprovou a origem do dinheiro", disse. No Ministério Público Federal de Brasília, porém, ainda há um processo aberto contra ele sob a acusação de improbidade administrativa.
Palocci foi ministro da Fazenda de Lula e saiu em 2006 após escândalo que resultou na quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Voltou ao Planalto como chefe da Casa Civil em 2011.