Folha de S. Paulo


Para vereador, denúncia feita por fiscal é "incoerente"

O vereador Aurélio Miguel (PR) negou ter recebido dinheiro para campanha do auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe de um esquema de cobrança de propinas para liberação de imóveis em São Paulo. A denúncia foi feita por Eduardo Horle Barcellos, um dos fiscais presos acusados de integrar o grupo, em depoimento ontem ao Ministério Público.

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Por meio de nota, ele disse que sua relação com Ronilson se deu "apenas e exclusivamente no âmbito institucional, na condição de vereador membro da Comissão de Finanças e Orçamento". De acordo com o vereador, a suposta ligação é "incoerente".

"É incoerente tentarem apontar ligações escusas entre o vereador Aurélio Miguel e o funcionário público citado, visto que em 2010, Aurélio representou a gestão Kassab e suas Secretarias de Habitação e Finanças ao Ministério Público Estadual por conta da falta de apuração quanto às irregularidades apontadas na CPI do IPTU no ano anterior e também pela perda de arrecadação em torno de 100 milhões", disse Miguel.

O vereador ainda classificou como sendo "inconsistente" a denúncia feita por Eduardo Horle Barcelos em depoimento ao Ministério Público.

"Em 2011 [o vereador] pediu ao ex-prefeito [Gilberto Kassab], ao ex-Corregedor do município [Edilson Bonfim] e ao MPE [Ministério Público Estadual] que investigassem supostas irregularidades nas outorgas onerosas. Na mesma ocasião, solicitou a suspensão dos vencimentos dos funcionários públicos da Secretaria de Habitação por não comparecimento às três vezes em que foram convocados à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos acerca das mesmas outorgas", afirmou.

De acordo com Miguel, em 2013, em requerimento enviado ao atual Controlador Geral do Município, ele pediu apuração e providências quanto a suspeita de irregularidades relativa às mesmas outorgas onerosas que remete às Secretarias de Habitação e Finanças. "O vereador Aurélio Miguel repudia, portanto, toda e qualquer insinuação que o inclua entre aqueles possíveis beneficiados pela estrutura ilícita montada na Secretaria de Finanças ou em qualquer outro órgão municipal", concluiu o vereador.

Confira a nota na íntegra

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Sobre o assunto em questão, o vereador Aurélio Miguel informa que sua relação com o funcionário da Secretaria de Finanças Ronilson Bezerra Rodrigues se dá apenas e exclusivamente no âmbito institucional, na condição de vereador membro da Comissão de Finanças e Orçamento.

É incoerente tentarem apontar ligações escusas entre o vereador Aurélio Miguel e o funcionário público citado, visto que em 2010, Aurélio representou a gestão Kassab e suas Secretarias de Habitação e Finanças ao Ministério Público Estadual por conta da falta de apuração quanto às irregularidades apontadas na CPI do IPTU no ano anterior e também pela perda de arrecadação em torno de 100 milhões.

É inconsistente tentarem ligar Aurélio Miguel ao grupo investigado, visto que ele, em 2011 pediu ao ex-prefeito, ao ex-Corregedor do município e ao MPE que investigassem supostas irregularidades nas outorgas onerosas. Na mesma ocasião, solicitou a suspensão dos vencimentos dos funcionários públicos da SEHAB por não comparecimento às três vezes em que foram convocados à Câmara Municipal para prestar esclarecimentos acerca das mesmas outorgas.

Em 2013, em requerimento enviado ao atual Controlador Geral do Município, pediu apuração e providências quanto a suspeita de irregularidades relativa às mesmas outorgas onerosas que remete às Secretarias de Habitação e Finanças.

O vereador Aurélio Miguel repudia, portanto, toda e qualquer insinuação que o inclua entre aqueles possíveis beneficiados pela estrutura ilícita montada na Secretaria de Finanças ou em qualquer outro órgão municipal.


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