Folha de S. Paulo


Protesto esvazia Terminal Campo Limpo por mais de uma hora

O Terminal Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, teve os acessos fechados por cerca de uma hora e meia na noite desta quinta-feira (7) durante uma manifestação do Movimento Passe Livre na região.

A SPTrans diz que não fechou o terminal e que a operação dos ônibus continuou do lado de fora. Segundo a empresa, o terminal ficou vazio porque os manifestantes interditaram as entradas. Embora o ato tenha sido pacífico, agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) se posicionaram em frente às catracas por prevenção.

O protesto pedia mais qualidade no transporte público além da retomada de linhas direta entre o bairro e o centro da cidade. O ato contou com cerca de 50 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Além do MPL, havia entre os manifestantes moradores da região e integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Marina Gama/Folhapress
Manifestantes queimam catraca em frente ao Terminal Campo Limpo, na zona sul de SP
Manifestantes queimam catraca em frente ao Terminal Campo Limpo, na zona sul de SP

Após a concentração na estrada do Campo Limpo, a caminhada começou por volta das 18h30 e seguiu pela via até chegar no terminal ônibus. As faixas no sentido bairro foram interditada durante o trajeto. Ao chegar no terminal, os manifestantes queimaram uma catraca, pouco antes de se dispersarem, por volta das 20h30

O protesto provocou longas filas na via e deixou passageiros irritados. Centenas deles decidiram por descer dos ônibus e caminhar até o terminal, mas se depararam com o local fechado. "Se os protestos resolvessem alguma coisa... mas eles só atrapalham a volta pra casa", lamentou o atendente Rael Silva Simão, 18, que diz ter levado duas horas de ônibus entre o município de Taboão da Serra e o Terminal Campo Limpo.

Alguns usuários discutiram com manifestantes, afirmando que eles estavam atrapalhando a passagem das pessoas.

"A população tem consciência que se atrasar um dia é importante para uma conquista maior", defendeu o professor Tiago (que não quis revelar o sobrenome), 27, integrante do MPL.

A estrada do Campo Limpo e os acessos do terminal foram reabertos após o fim do protesto, por volta das 19h50.


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