Três pessoas foram presas nesta quinta-feira (31) em Porto Alegre em uma operação da Polícia Federal contra fraudes na fiscalização de obras pelo Ministério do Trabalho.
O caso estava sob investigação desde julho. A ação policial contra os suspeitos acabou antecipada para hoje porque havia informações de que um auditor fiscal do Trabalho sofreria um atentado armado por integrantes do suposto esquema.
Entre os presos há um outro auditor fiscal e um servidor público. Também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na capital gaúcha.
De acordo com a PF, funcionários da Superintendência do Trabalho no Estado aceleravam a liberação de obras embargadas mediante cobrança de propina. O órgão é responsável por fiscalizar as condições de segurança de trabalhadores em construções.
A Polícia Federal afirma ainda que a articulação do esquema partia de uma empresa de consultoria que se apresentava aos responsáveis pelas obras embargadas com uma alternativa para uma liberação rápida dos empreendimentos.
A PF afirma que havia o plano do grupo de provocar um acidente de carro proposital na região metropolitana com um auditor que não participava dos crimes. Ele fiscalizava uma obra de interesse dos suspeitos.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.