Folha de S. Paulo


PMs da Rota são presos após morte de suspeito no Guarujá

Quatro policiais da Rota (tropa de elite da PM) foram presos na sexta-feira (18) pela morte de um suspeito no Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a polícia, eles haviam alegado resistência seguida de morte --quando o policial mata um criminoso em confronto, mas a versão foi derrubada após análise do GPS do carro deles.

A Justiça decretou a prisão temporária deles por 30 dias. Os quatro PMs, que não tiveram a identidade revelada, foram levados para o presídio militar Romão Gomes.

Em 7 de outubro, segundo a polícia, os PMs afirmaram que, por volta das 22h, faziam uma operação em Vicente de Carvalho, quando foram recebidos a tiros por Gualtiero de Oliveira, 35, e por outros dois homens, ainda não identificados, no Sítio Conceiçãozinha.

Na versão dos PMs, os dois homens conseguiram fugir e Oliveira acabou morto na troca de tiros. No local, os policiais disseram ter achado cocaína, maconha e dois revólveres com numeração raspada. Por volta de meia-noite, os policiais comunicaram a morte do suspeito na delegacia.

A Polícia Civil então abriu um inquérito para identificar os dois desconhecidos, que teriam abandonado a droga e as armas durante a fuga.

No decorrer da investigação, porém, três testemunhas relataram ter visto Oliveira sendo abordado e colocado no carro dos policiais por volta das 21h, numa rua diferente da informada pelos PMs. Com isso, o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, do 1º DP do Guarujá, pediu à Corregedoria da PM o rastreamento do GPS do carro.

Segundo a polícia, o equipamento mostrou que o percurso feito pelo veículo coincide com o relato das testemunhas.

Em nota, a Polícia Militar afirmou que "não coaduna com transgressões e crimes cometidos por seus integrantes".


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