Folha de S. Paulo


Após dois meses, MPL promove protestos em série em São Paulo

Após dois meses sem organizar manifestações em São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) iniciou ontem uma semana de atos por melhorias no transporte público.

Participou de bloqueio na avenida M'Boi Mirim, no extremo sul, para reivindicar a duplicação da via e a volta de linhas de ônibus desativadas.

O grupo foi o responsável pela onda de protestos iniciados em junho que causaram a redução do preço da tarifa de ônibus em todo o país.

O MPL já marcou atos seguidos para amanhã, quinta e sexta, em ao menos 11 cidades.

Segundo o movimento, protestos em série ocorrem em outubro desde 2004, ano em que houve a "revolta da catraca", em Florianópolis, quando o MPL surgiu.

Apu Gomes/Folhapress
Manifestantes fizeram atearam fogo em pneus e em entulhos no início do protesto; grupo pede melhorias no transporte público
Manifestantes fizeram atearam fogo em pneus e em entulhos no início do protesto; grupo pede melhorias no transporte público

O último ato coordenado pelo movimento em São Paulo foi em 14 de agosto, no centro, contra o cartel em licitações do Metrô --após o MPL encerrar o ato, "black blocs" depredaram a Câmara e entraram em confronto com a PM.

Segundo Lucas Monteiro, um dos organizadores do MPL, o grupo se reuniu nesses dois meses para debater novos atos e a pauta das manifestações.

Ontem de manhã, cerca de 50 pessoas --do MPL e de associações de moradores do Campo Limpo-- fecharam a av. M'Boi Mirim por uma hora. A região sofre com trânsito pesado --uma viagem ao centro pode durar duas horas e meia.

Amanhã, haverá ato contra mudanças nas linhas na avenida Belmira Marin, no Grajaú (zona sul).

Na quinta, novo protesto no Campo Limpo. Na sexta, o MPL fará um protesto pela tarifa zero no centro.


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