Folha de S. Paulo


Moradores jogam pedra em PMs da UPP após enterro de jovem em Manguinhos

Um carro da Polícia Militar foi depredado na tarde desta sexta-feira (18) na entrada da favela de Manguinhos, zona norte do Rio. A comunidade foi ocupada no início do ano e teve inaugurada uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A revolta dos moradores ocorreu após o sepultamento de Paulo Roberto Menezes, 18. Os moradores acusam os PMs da UPP pela morte do rapaz.

Cerca de 100 moradores se reuniram em um dos acessos à favela para um protesto. De acordo com a assessoria da UPP, jovens desciam de um ônibus quando jogaram uma pedra que estilhaçou o vidro do veículo policial. Ninguém ficou ferido. Os PMs se reuniram e dispersaram os moradores impedindo o protesto.

O policiamento na favela está reforçado. A Polícia Civil investiga a morte de Menezes e aguarda o resultado da perícia para saber o que houve com o rapaz.

De acordo com testemunhas e moradores, Paulo Roberto Menezes foi torturado até a morte em um beco no interior da favela. Ele morreu na madrugada de anteontem (16). De acordo com os policiais da UPP, o rapaz correu e caiu com o rosto no chão após ter um mau súbito. Ele morreu depois de ser socorrido pelos PMs.

Com a confirmação da morte, os moradores fecharam, por alguns minutos, ontem (17), a avenida Leopoldo Bulhões, uma das vias que atravessa a comunidade. O grupo atirou pedras contra os policiais que revidaram com tiros para o alto. Um menor de idade foi baleada. A polícia apura de onde partiu o disparo.


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