Folha de S. Paulo


Após 24 horas, manifestantes deixam a Câmara Municipal de Curitiba

Depois de 24 horas de ocupação, cerca de 40 manifestantes deixaram o plenário da Câmara Municipal de Curitiba nesta quarta-feira (16) à tarde.

O grupo, que passou a noite na Câmara, integra a Frente de Luta pelo Transporte de Curitiba, a mesma que organizou os protestos de junho na cidade. Eles invadiram o plenário após uma sessão da CPI do Transporte Coletivo, que vem sendo conduzida pelos vereadores.

Entre as reivindicações estavam uma reunião com o prefeito Gustavo Fruet (PDT), a redução da tarifa de ônibus e a anulação da licitação do transporte coletivo, sobre a qual pesam suspeitas de irregularidades, apontadas pelo Tribunal de Contas do Paraná e pela própria prefeitura.

Eles não conseguiram a audiência com o prefeito, mas devem apresentar até o final do ano um projeto de lei que institui passe livre para estudantes e desempregados em Curitiba. O presidente da Casa, vereador Paulo Salamuni (PV), ofereceu assistência técnica para que os manifestantes elaborem o projeto e prometeu rapidez na sua tramitação.

Segundo os vereadores, os manifestantes foram pacíficos e ordeiros. Não houve depredação nem confrontos com a Guarda Municipal, que vigiava o prédio. Eles deixaram o local por volta das 17h15.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba disse que seus objetivos são "os mesmos" dos manifestantes, mas que "decisões unilaterais, que possam resultar em passivo bilionário para o município, não serão tomadas". "É preciso ter responsabilidade e amparo legal. A prefeitura cumprirá o que a Justiça determinar", afirma.


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