Folha de S. Paulo


SP anuncia plano para valorização da carreira da Polícia Militar

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira um projeto para a valorização da carreira da Polícia Militar. As medidas são uma resposta à pressão da categoria que criticava o aumento de 10,5% dado para delegados da Polícia Civil.

Após o anúncio do reajuste, no mês passado, a delegados, investigadores e escrivães, Alckmin negou quebra da paridade entre as polícias e disse que anunciaria "questões específicas" da PM em até 15 dias. A categoria, no entanto, não ficou satisfeita com o anúncio desta segunda.

"A categoria não está satisfeita. Ele mexeu no plano de carreira, mas não no reajuste salarial. A grande maioria não será beneficiada. Conversamos com o governo e apontamos nossas reivindicações, mas nada foi feito", afirmou Ângelo Criscuolo, presidente de entidade que reúne 17 sindicatos e associações de PMs.

Segundo o governo, o plano prevê a promoção de 21.617 soldados de 1ª classe para cabo, além de 5.665 PMs como sargentos e tenentes. Também foi autorizado que soldados de 1ª classe com cinco anos de atividade possam concorrer, via concurso, a uma vaga de 3° sargento PM --antes, eles só poderiam ser promovidos a cabo.

A projeto estabelece ainda a promoção ao posto imediato de aposentados que não haviam sido beneficiados em 2011. Segundo o governo, isso atinge 1.411 servidores, com um impacto anual de R$ 42,8 milhões.

O vale-alimentação também deve ter alterações pelo projeto. Além do reajuste do valor, o governo anunciou o aumento do teto para o recebimento do benefício, que antes era de R$ 2.731,17, para R$ 2.924,87. Isso evitaria que 15 mil PMs que teriam reajuste de 7%, anunciado no mês passado, parem de recebem o benefício.

Segunda a SSP (Secretaria de Segurança Pública), somados, o novo valor da diária alimentação, do salário a partir da promoção e os 7% já anunciados em setembro, o ganho dos policiais poderá aumentar até 24%, dependendo do posto e levando-se em conta as promoções.

A PM, porém, aponta que o anúncio de hoje não prevê nenhum aumento salarial, apenas mudanças no plano de carreira. Presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM, Criscuolo prometeu um ato na manhã de terça-feira na frente do Palácio dos Bandeirantes.


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