Folha de S. Paulo


Prefeitura do Rio confirma corte de ponto de professores em greve

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse nesta terça-feira (8) que vai descontar o ponto dos profissionais da rede municipal de ensino, em greve desde 8 de agosto. Os docentes são contrários ao plano de cargos e salários proposto pela Prefeitura e aprovado pela Câmara.

O corte de ponto será retroativo ao dia 3 de setembro. Na segunda-feira (7), o Tribunal de Justiça do Rio negou o recurso do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) contra a liminar que obrigava os professores a voltar às salas de aula.

Professores grevistas não sabem fazer contas, diz prefeito do Rio
Justiça mantém liminar que obriga professores a voltar ao trabalho

Após reunião com integrantes dos conselhos municipais (vinculados à secretaria de Educação) na manhã desta terça-feira, Paes sinalizou que não existe mais acordo possível com o sindicato, responsável pela negociação da greve de professores do município.

Nos últimos três meses, representantes do governo promoveram dez encontros com a diretoria do Sepe, mas não houve consenso.

O prefeito disse que os professores não sabem fazer contas. "Eles não têm pauta. Cada dia é uma coisa. Eles não fazem a conta matemática do que apresentam. A única proposta oficial que recebemos do Sepe sobre o plano de cargos e salários previa uma remuneração de R$ 136 mil para cada professor", afirmou o prefeito.

Editoria de arte/Folhapress

De acordo com Paes, o Sepe não divulga aos professores os ajustes realizados na versão final do plano, que passou a abranger reajustes para todas as classes de professores.

"Se passou muito tempo falando mentira. O plano é muito bom. Não é tudo o que se quer, mas não adianta a prefeitura dar algo que não possa pagar", acrescentou.

Apesar das críticas de Eduardo Paes, o Sepe informou que está disponível para negociar. "Os professores, através de seus representantes, estão dispostos a negociar sempre. A postura do prefeito só mostra como ele é intransigente", disse Sandra Bergagnoni, coordenadora do Sindicato.


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