Folha de S. Paulo


Governo e Promotoria discutem força-tarefa contra protestos violentos em SP

A secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público planejam criar uma força-tarefa para combater às manifestações violentas no Estado de São Paulo. O projeto será apresentado hoje na capital.

Ainda não foram divulgadas informações de como será feito o trabalho em conjunto. A proposta deve ser apresentadas pelo secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira junto com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa.

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Ainda nesta terça-feira, uma reunião de trabalho sobre o assunto será realizada com oficiais da Polícia Militar, delegados e promotores. O encontro será feito no auditório do Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

Pela manhã, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que as manifestações com violência ocorridas ontem "passaram do limite" e que "tomará medidas enérgicas". O tucano afirmou que a polícia vai agir com mais rigor para cumprir a lei na proteção das pessoas e vai acelerar as investigações para apontar os culpados pela depredação do patrimônio público e privado.

Ontem, cerca de 300 pessoas participaram de um protesto na região central de São Paulo. O ato terminou em vandalismo, com agências bancárias quebradas e estabelecimentos comerciais invadidos e depredados.

Assim como no Rio, onde também aconteceram atos com vandalismo, o protesto dessa segunda-feira na capital teve como motivo apoiar os professores municipais cariocas contra a proposta de plano de cargos e salários da prefeitura. Ambos começaram pacíficos, mas deram lugar ao vandalismo a partir da intervenção de mascarados adeptos da tática de protesto "black bloc".

Em SP, os manifestantes se reuniram próximo a praça da República e também apoiavam a greve de alunos da USP, que defendem eleições diretas para a escolha do novo reitor da universidade.


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