Folha de S. Paulo


SP tem ao menos 8 agências bancárias e comércio danificados em protesto

O centro de São Paulo amanheceu com ao menos oito agências bancárias destruídas após a manifestação que parou ontem à noite a região. As agências, nas avenidas Rio Branco e Ipiranga, tiveram as vidraças quebradas e os caixas eletrônicos destruídos pelos manifestantes.

Duas lanchonetes e uma banca, na região da praça da República, também tiveram vidros quebrados e equipamentos danificados pelos vândalos, a maioria deles mascarados.

"Foi uma cena de horror. Na hora fechamos as portas e ficamos dentro da banca. Os vândalos passavam e chutavam, atiravam garrafas e socavam a porta. Quebraram a vidraça e o prejuízo fica pra gente. De quem vamos cobra? O Estado não vai pagar", disse a jornaleira Iolanda Albuquerque, 42.

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Shirley Ramos, 28, é operadora de caixa de uma das lanchonetes danificadas. Ela repudia este tipo de manifestação.

"Isso não é protesto. É muita ignorância. Jogaram até tinta na cara de uma atendente na hora da manifestação", afirmou.

Um McDonald's na avenida Ipiranga também foi invadido e depredado. Em um Habbib's na mesma via, os manifestantes jogaram uma bomba e roubaram um extintor. Um carro da Polícia Civil foi virado de cabeça para baixo na avenida Rio Branco.

A entrada do metrô República foi parcialmente fechada após tentativa de invasão dos manifestantes.

Assim como no Rio, o ato em São Paulo teve como motivo apoiar os professores municipais do Rio contra a proposta de plano de cargos e salários da prefeitura. Ambos começaram pacíficos, mas deram lugar ao vandalismo a partir da intervenção de mascarados adeptos da tática de protesto "black bloc".

Em SP, manifestantes também apoiavam a greve de alunos da USP, que defendem eleições diretas para a escolha do novo reitor da universidade.


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