Folha de S. Paulo


Manifestantes entram em confronto com a PM em protestos no Rio e SP

Protestos que ocorrem no centro de São Paulo e do Rio geraram confronto com a Polícia Militar e vandalismo, na noite desta segunda-feira (7).

Na capital paulista, dois grupos, que se reuniram na avenida Paulista e no Theatro Municipal se encontraram na praça da República, em frente ao prédio da Secretaria da Educação. Eles apoiam a manifestação dos professores no Rio, que protestam contra o plano de cargos e salários oferecidos pela prefeitura.

Entre os manifestantes na capital paulista estão 'black blocs', estudantes da USP e integrantes do Conlutas (Central Sindical Popular). A PM jogou ao menos seis bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. 'Black blocs' revidaram com rojões contra os policiais.

Com marretas, pedras e chutes, manifestantes quebraram orelhões, vidraças de agências bancárias e lanchonetes na região da República. Comerciantes fecharam as lojas rapidamente para evitar prejuízos e depredações.

No Rio, após duas horas de passeata pelo centro, grupos de 'black blocs' desafiaram policiais militares junto à Câmara Municipal, por volta das 20h.

Cerca de 300 manifestantes mascarados jogaram coquetéis molotov e bombas caseiras em direção ao palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal. Vidraças foram quebradas, e o grupo tentou invadir o prédio. Funcionários usaram extintores para apagar as chamas. Outros prédios da área tiveram suas vidraças quebradas e fachadas pichadas.

A Tropa de Choque só reagiu aos ataques às 20h27.

Após o início do tumulto, professores deixaram a Cinelândia por não concordarem com o protesto violento.

Sindicalistas, estudantes e representantes de movimentos sociais se juntaram aos professores no ato de hoje, que começou na praça da Candelária e reuniu 10 mil pessoas, de acordo com a PM. Já o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), estimou que mais de 50 mil pessoas participaram da manifestação.

Antes dos confrontos, professores se revezavam no alto de um carro com críticas aos salários pagos por prefeitura e governo do Estado.

Numa alusão a um dos gritos de guerra do Bope, o grupo especial da PM do Rio, os grevistas gritavam ao microfone: "População na rua qual é sua missão". A multidão respondia: "Conquistar mais dinheiro para saúde e educação."

"Não sou professora, mas estou aqui para prestar meu apoio", disse a auxiliar administrativa Márcia Rodrigues, 30, moradora da Tijuca, na zona norte do Rio. Outra a defender a causa dos professores foi a atriz Thaila Ayala, que participou da manifestação usando um uniforme da rede municipal.

Agitando uma bandeira da Palestina, o funcionário público Célio Gomes, 54, saiu de Nova Iguaçu para participar do protesto.

"Já fui militante do PT, mas me engajei na causa palestina. Estou aqui para prestar meu apoio à Palestina e também a minha filha que é professora", afirmou Gomes.

Boa parte dos professores, que estava em maioria no protesto, criticava o plano de carreira da rede municipal aprovado recentemente pela


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