Folha de S. Paulo


Com novo plano salarial, Rio pede que professores voltem ao trabalho

A Prefeitura do Rio de Janeiro classificou de vitória para os servidores da Secretaria Municipal de Educação a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da categoria na noite desta terça-feira pela Câmara Municipal e pede que os professores municipais encerrem a greve iniciada no dia 8 de agosto.

Na avaliação da prefeitura, o novo plano é um passo definitivo para consolidar o ensino público do Rio de Janeiro como o melhor do Brasil. "O plano garante, de imediato, um reajuste salarial de 15,3% para todos os profissionais da educação e corrige injustiças históricas, com ações como a equiparação entre professores de nível 1 e 2, igualando o valor da hora-aula", informa a nota.

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Segundo o governo municipal, desde o início da greve, em agosto, a administração fez dez reuniões com o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), três delas, com a presença do prefeito Eduardo Paes. Além disso, cumpriu e vem cumprindo todos os pontos acordados com a categoria.

A prefeitura informa ainda que o item inicial do primeiro acordo exigia o envio do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para a Câmara em 30 dias, o que, de acordo com o governo municipal, ocorreu no dia 17 de setembro.

A nota da administração da capital fluminense esclarece que vereadores da base aliada e da oposição apresentaram 31 emendas ao texto original, já aprovadas pelo prefeito, o que representa um impacto de R$ 3 bilhões para o governo municipal nos próximos cinco anos.

A prefeitura conclui a nota pedindo o retorno ao trabalho, o mais breve possível, dos professores que aderiram à greve, de forma que os alunos da rede municipal não sejam ainda mais prejudicados.

A coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, Gesa Corrêa, disse que o Sepe vai analisar que tipo de medida cabível pode ser adotada contra o plano. "A avaliação da aprovação do plano é a pior possível. Falta de diálogo e autoritarismo", disse.

GREVE

Tanto a categoria dos professores municipais quanto a dos professores estaduais estão em greve desde agosto. Eles são contra o plano de cargos e salários proposto pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Ontem, Paes realizou uma teleconferência para responder dúvidas dos professores.

Paes fez críticas ao sindicato do professores, Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), afirmando que continua aberto ao diálogo e que o plano é favorável à categoria, o que é contestado pelos professores.

Editoria de Arte/Folhapress

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