Folha de S. Paulo


Irmão diz em júri que Giselma mandou matar executivo da Friboi

O irmão da empresária Giselma Carmem Campos prestou depoimento na noite desta quinta-feira e disse que ela foi a mandante do assassinato do ex-marido Humberto de Campos Magalhães, diretor-executivo do Friboi. O crime ocorreu em dezembro de 2008, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.

Kairon Vaufer, que já aguardava o júri preso, confessou a participação no crime e acusou a irmã pela primeira vez em juízo nesse terceiro dia de julgamento. Os dois são réus do processo. Irmão de Giselma por parte de mãe, Vaufer disse que ela o procurou no Maranhão e lhe pediu ajuda pois o marido a estava ameaçando.

Segundo depoimento de Vaufer, após o pedido de Giselma, ele veio para São Paulo, onde conheceu Osmar Gonzaga de Lima e Paulo Santos, ambos já condenados pelo crime. Ele diz ainda que a irmã lhe deu o celular do filho caçula, Carlos Eduardo, para atrair o executivo para uma emboscada.

Alves afirmou que resolveu acusar a irmã como mandante porque estava arrependido e envergonhado. "Peço desculpas aos familiares e filhos da vítima. É uma dor que nunca vai cicatrizar", disse.

VERSÃO

Giselma depôs em seguida e voltou a alegar inocência. Ela disse que seu irmão a acusou porque ficou insatisfeito quando ela lhe negou dinheiro na época do crime.

A ex do empresário afirmou ainda que Alves tinha negócios com o ex-marido dela e que seu irmão lhe contou que teve uma discussão com o executivo no momento do crime. A arma teria disparado acidentalmente, segundo ela.

Giselma e Magalhães foram casados por 20 anos e, na época do crime, estavam separados. Segundo o Ministério Público, a empresária matou o ex-marido por ciúme e "medo de perder o status financeiro".

Ela chegou a ficar presa por um ano e cinco meses e foi solta após conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal Federal em 2011.


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