Folha de S. Paulo


'Quando vimos, a casa estava sem telhado', diz mulher após tornado

A enfermeira Michele de Faveri, 35, afirmou que o tornado que atingiu a cidade de Taquarituba (a 328 km de São Paulo) foi rápido e causou muitos estragos. Ela é uma das cerca de 250 famílias que tiveram as casas parcialmente destruídas.

"Foi muito rápido. Quando vimos, nossa casa já estava sem telhado", disse ela, que foi até a Santa Casa da cidade para ajudar no socorro às vítimas. "Não fiquei muito tempo pois tinha muita gente lá. Mas o que pude perceber é que a maioria tinha traumas na cabeça e muitos cortes. O cenário era de hospital de guerra".

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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) visitou a cidade que também disse que o cenário é devastador. "Se tivesse acontecido em um dia útil poderia ser ainda pior. O cenário é devastador. (...) Foram ventos de mais de 100 km/h", disse ele.

A cidade de 23 mil habitantes decretou estado de calamidade. Duas pessoas morreram e outras 64 ficaram feridas em decorrência do tornado. Ao menos três bairros ainda sofrem com a falta de luz na noite de hoje.

"O barulho foi indescritível. O vento levou todo o telhado da minha casa. Passou devastando tudo. Deixou essa cena de guerra", afirmou o cabo da Polícia Militar César Filho, que mora do Jardim Dona Carmélia e estava em casa na hora do tornado.

A Defesa Civil encaminhou para a cidade itens como kits de higiene, colchões, cobertores, lonas plásticas e roupas. A prefeitura da cidade também disponibilizou uma conta bancária para arrecadar dinheiro para ajudar as vítimas --Banco do Brasil, agência 2712-X e conta 95.000-9.


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