Folha de S. Paulo


Polícia investiga se casa de policial seria reduto de milícia no Rio

A coordenadoria de inteligência da Polícia Militar do Rio investiga se a casa de um PM do Batalhão de Choque, pintada de azul e branco (cores da corporação) e com as inscrições UPP, mesmas iniciais das Unidades de Polícia Pacificadora, seria reduto de milicianos no morro da Covanca, na praça Seca, zona oeste do Rio.

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, a Polícia Militar afirmou que "vai tomar medidas disciplinares contra o envolvido". Tais medidas, no entanto, não foram divulgadas.

Segundo reportagem do jornal "O Dia", divulgada hoje, a casa, situada na rua Parintins, pertence à família do PM Ronald César Força. A Folha tentou localizar o policial, mas ele não foi encontrado.

O morro da Covanca é dominado pela milícia e, de acordo com a reportagem, a falsa UPP seria usada para reuniões e como depósito de armas dos milicianos.

A PM informou que a investigação da "UPP das Milícias" está sendo realizada pelo próprio Batalhão de Choque e corre sob sigilo. Um inquérito policial militar foi instaurado para investigar o caso e policiais civis da 28ª DP (Campinho) também apuram a denúncia.

No último final de semana, uma nova troca de tiros assustou moradores da região. Na sexta (20), o subtenente do Bope Marco Antônio Gripp, 47, morreu baleado em operação na favela.


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