Folha de S. Paulo


Relógio que contava atraso em obra do metrô em SP é removido

O relógio digital que contava o atraso da inauguração da estação Adolfo Pinheiro da linha 5-lilás do Metrô de São Paulo foi removido na manhã desta sexta-feira. A retirada acontece apenas 24 horas após a instalação dele por ativistas da ONG Greenpeace.

O "atrasômetro" tinha dois metros e meio de altura e estava em uma calçada ao lado da obra, na esquina da avenida Adolfo Pinheiro e da rua Isabel Schmidt, na zona sul da cidade. Na inauguração, ocorrida ontem, o relógio já marcava 992 dias de atraso na estrega da obra, que era prevista para ocorrer em 2010.

Segundo o Greenpeace, ontem mesmo, a ONG já tinha sido notificada pela Subprefeitura de Santo Amaro, que dava um prazo de 12 horas para apresentar a autorização de instalação do relógio, que foi chamado pelo órgão de "anúncio".

A ONG, porém, argumenta que o "atrasômetro" se tratava de um protesto e não de anúncio e é amparado pela liberdade de expressão e manifestação. Na manhã de hoje, no entanto, uma equipe da prefeitura foi ao local e fez a remoção, informou o Greenpeace.

O Greenpeace afirmou que não foi informado para onde foi levado o relógio. A ONG disse ainda que protocolou uma carta na subprefeitura, endereçada ao subprefeito e ao prefeito Fernando Haddad (PT), cobrando melhorias e registrando um manifesto de descontentamento com a retirada do relógio.

A subprefeitura foi procurada por telefone na noite de hoje, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.


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