Folha de S. Paulo


Greenpeace instala relógio para contar atraso em obra do Metrô de SP

Ativistas da ONG Greenpeace instalaram na manhã desta quinta-feira (19) um relógio digital que conta o atraso na inauguração da estação Adolfo Pinheiro da linha 5-lilás do Metrô de São Paulo.

O "atrasômetro", que tem dois metros e meio de altura, foi colocado em uma calçada ao lado da obra, na esquina da avenida Adolfo Pinheiro e da rua Isabel Schmidt, na zona sul da cidade. Segundo o Greenpeace, ele não atrapalha a passagem de pedestres no local.

A "inauguração" teve laço de cetim vermelho, fanfarra e ativistas com máscaras do governador do Estado Geraldo Alckimin (PSDB) e do prefeito da capital Fernando Haddad (PT).

Hoje, o relógio marcava 992 dias de atraso na estrega da obra, que era prevista para ocorrer em 2010.

Segundo Barbara Rubim, coordenadora do Greenpeace, a contagem começa a partir do primeiro dia de 2011. "Não consideramos 2010, porque o metrô podia ter inaugurado a estação até o último dia do ano", diz.

Na contas da ONG, o atraso impediu que mais de 20 milhões de viagens fossem realizadas. "Sempre que a entrega de uma estação é postergada, isso representa também um atraso na construção de uma melhor mobilidade para as pessoas e para a cidade", completou.

Procurado, o metrô não respondeu até a publicação desta reportagem. O governador Geraldo Alckmin afirmou nesse mês que a estação será inaugurada em janeiro do ano que vem.

Neste ano, o Greenpeace realiza uma série de protestos sobre temas ligados à mobilidade urbana nas grandes cidade dos país.

Em abril, a ONG colocou faixas em importantes vias da cidade cobrando corredores de ônibus. Depois, em agosto, repintou faixas de pedestres apagadas em avenidas.


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