Após ser campeão paranaense pela sexta vez, em 1956, o zagueiro do Coritiba Aroldo Fedatto (ou Fedato, com um "t" só, como ficou conhecido) decidiu se aposentar depois de 13 anos no clube.
No ano seguinte, após um início ruim no torneio, torcedores fizeram um abaixo-assinado pedindo a volta do ídolo.
Fedato recolocou as chuteiras, e o Coritiba sagrou-se campeão. Foi o sétimo e último título do jogador.
Ídolo do Coxa, o zagueiro era um atleta admirado além das quatro linhas. Foi homenageado por rivais e tornou-se amigo até dos adversários.
Apesar de ter sido cidadão honorário de Curitiba, onde morou toda a vida, nasceu em Ponta Grossa (PR) por acaso. Seu pai era escultor e foi fazer um trabalho no município, acompanhado da mulher.
Era de família humilde e, para estudar no Colégio Marista, sua mãe teve que lavar roupas para a instituição.
Descrito como aglutinador, Fedato se recusava a sair de Curitiba, onde morava a família. Recebeu propostas para jogar em clubes como o Corinthians, o Fluminense e até o Roma, mas recusou todas.
A única vez que vestiu a camisa de outro time foi quando disputou quatro jogos pelo Botafogo na Bolívia.
Após se aposentar, abriu uma rede de lojas de materiais esportivos. Apaixonado pelo mar, passava todos os finais de semana pescando.
Sorridente, mesmo internado por causa de uma pneumonia mantinha o sorriso.
Morreu na segunda (9), aos 88 anos, em decorrência da doença. Teve três filhos e seis netos. A missa do sétimo dia será hoje, às 17h, na igreja do Cristo Rei, em Curitiba.
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