Folha de S. Paulo


Champignon estava com depressão e incomodado com críticas, diz delegada

O músico Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35, o Champignon, encontrado morto na madrugada desta segunda-feira (9), sofria com um quadro depressivo e estava chateado por conta das críticas que sua nova banda estaria recebendo.

A informação é da delegada Milena Suegama, do 89º DP (Morumbi), que investiga o caso. Ele foi encontrado com um tiro no lado direito na cabeça em seu apartamento no Jardim Caboré, na zona oeste de São Paulo.

Champignon ficou famoso como baixista da banda Charlie Brown Jr., que fundou com o amigo Chorão. Depois da morte dele, há seis meses, Champignon passou a ser vocalista de uma nova banda, A Banca.

A delegada disse não ter encontrado vestígios de drogas ou de antidepressivos no apartamento do músico. Em depoimento, a mulher de Champignon, Claudia Campos, disse o músico não usava drogas e que era "tranquilo".

Claudia está grávida de cinco meses. O baixista tinha uma outra filha de 7 anos, de outro casamento.

Segundo a delegada, a morte de Chorão também afetou o baixista. Na nova banda, Champignon cantava músicas do Charlie Brown Jr. em homenagem ao amigo Chorão.

Segundo a polícia, Champignon fez um disparo para testar a arma antes de atirar contra a própria cabeça. O tiro atingiu a parede do apartamento e foi efetuada com uma pistola calibre 380. Além da pistola usada para se matar, o cantor teria ainda uma espingarda calibre 12 em casa.

As duas armas estavam registradas em nome do músico.

O corretor Alexandre Benaion, vizinho de Champignon, disse ter ouvido um barulho de tiro vindo do apartamento do músico por volta da 0h, seguido de gritos da mulher dele e latidos do cachorro do casal. Eles haviam chegado havia cerca de dez minutos de um jantar com um casal de amigos, em um restaurante japonês, onde teriam discutido.


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