Folha de S. Paulo


Para taxista, programa para chamar táxi com celular reduz risco nas ruas

Treze anos rodando pelas ruas de São Paulo, o taxista Iguis Camara Batista, 61, acumula quilometragens e currículo diversificado ao volante. Nem por isso, estacionou. Circula agora movido a toques --de celulares e tablets.

Ele já trabalhou em frotas, dividiu corridas com as empresas de radiotáxi, virou autônomo e agora tem o seu "próprio motorista".

Aplicativo para celular muda a forma de 'pegar um táxi'

"Hoje, pego quem minha vista alcança, e, claro, pego muito mais quem não vejo."

O taxista se refere a passageiros que usam aplicativos para chamar o seu serviço.

Karime Xavier/Folhapress
O taxista Iguis Camara Batista (à direita), com o diretor de arte Fábio Goldfarb, em São Paulo
O taxista Iguis Camara Batista (à direita), com o diretor de arte Fábio Goldfarb, em São Paulo

Entre Batista e o motorista que trabalha para ele, seu Honda Fit roda das 7h às 2h.

Batista anda otimista com a nova ferramenta. Para ele, esse tipo de serviço reduz o risco de "pegadinhas" e violência pelas ruas da capital.

"No meu telefone fica registrado o histórico do passageiro. Por outro lado, ele sabe quem é o taxista e como localizá-lo", explica.

Quem usa os aplicativos enumera uma série de vantagens com a nova ferramenta.

Na semana passada, a advogada Márcia Erlichman, 47, conseguiu recuperar o iPad que sua mãe havia perdido dentro de um táxi. "Como tinha chamado o taxista pelo aplicativo, foi fácil: ele trouxe o iPad na minha casa."

A arquiteta Mariana de Lima Falqueiro, 33, abandonou o serviço de radiotáxi. "Com os aplicativos, o serviço é muito mais ágil", diz. "Ele mapeia quem está disponível por perto e ainda posso acompanhar o trajeto do táxi."

Para o diretor de arte Fábio Goldfarb, 39, o gasto com táxi é compatível com o que teria com um carro --ele optou em não ter automóvel. "Carro não agrega valor nem qualidade de vida em
São Paulo.". Ao menos quatro vezes por semana, Goldfarb usa os serviços em seu smartphone.

Quando está em casa e precisa de um táxi, prefere caminhar até o ponto. "Uma coisa não exclui a outra. Só amplia as opções de serviço."


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