Folha de S. Paulo


Terceirização do 190 deve sair em até 90 dias, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira que a terceirização do serviço de atendimento de emergência da Polícia Militar --telefone 190-- deve entrar em vigor em "60 dias, 90 dias".

"É o tempo da licitação para contratar uma empresa que terá os profissionais civis, que vão ser treinados para fazer esse trabalho", afirmou.

Ele disse também que "está atento às críticas", mas que a discussão sobre a pertinência da medida "é um debate superado". "Toda mudança desperta um debate, o que é positivo. Isso já foi implantando em outros Estados e se mostrou um debate superado, porque deu certo."

"O policial militar não vai sair do Copom [comando de operações], ele vai ser o supervisor de todo o trabalho e vai fazer o despacho, o trabalho principal. E nós podemos ter civis na atividade meio, supervisionada, treinada e acompanhada pela polícia."

Alckmin promete aumento aos policiais de SP

O tucano voltou a dizer que o objetivo da terceirização é "liberar para atividades de rua" os policiais que hoje são responsáveis pelo atendimento telefônico. "É um passo de eficiência, com o cuidado necessário para manter a qualidade do trabalho."

PROJETO

O anúncio da medida havia sido feito na segunda-feira (2) pelo secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, em Campinas (a 93 km de SP). O projeto-piloto vai começar por São Paulo e Osasco, na região metropolitana, e São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

Hoje, cerca de 700 policiais atendem aproximadamente 150 mil ligações por dia em todo o Estado, segundo a PM. "Seria necessário retirar mais de 500 policiais das ruas para atender de modo satisfatório a demanda atual de chamadas."


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