Folha de S. Paulo


Prefeitura e Caixa afirmam que tentam "negociação amigável" para saída de famílias de conjunto invadido

A Caixa Econômica Federal afirma que já obteve uma liminar para a reintegração de posse do conjunto habitacional Caraguatatuba, na zona leste, mas diz que não há prazo para a desocupação.

Segundo a Caixa, a previsão de entrega dos imóveis era agosto de 2013. A instituição nega que o conjunto estivesse pronto ao menos um ano antes da invasão, como afirmam os ocupantes.

Os 47 prédios do Caraguatatuba, construídos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, foram invadidos na penúltima semana de julho. A estimativa é que 940 famílias estejam no local.

Em nota, a Secretaria Municipal de Habitação afirma que tenta uma "negociação amigável" para a saída das famílias do conjunto.

A pasta diz que a Cohab (companhia municipal de habitação) já havia selecionado a demanda para este e outros sete conjuntos ocupados na zona leste. Entre eles, famílias da Várzea do Tietê (775 apartamentos) e comunidades do entorno da obra, diz.

Os atuais moradores do Caraguatatuba, porém, dizem que o grupo recusou os imóveis por falta de garagem. A secretaria nega.

Sobre a reclamação das famílias a respeito da demora para serem chamadas após terem seu nome incluso em programas habitacionais, a pasta afirma que o problema pode ocorrer por falta de atualização cadastral.

O recomendável, diz, é que os cadastros sejam atualizados anualmente --caso contrário, o sistema entende que não há mais interesse.

A prefeitura afirma ainda que pretende construir 55 mil novas moradias até 2016.


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