Folha de S. Paulo


Representantes da classe médica criticam Mais Médicos; leia frases

Representantes regionais da classe médica atacam a atuação de profissionais estrangeiros, principalmente cubanos, no Brasil por meio do programa Mais Médicos, do governo federal. Saiba o que eles disseram:

"Caso eles [médicos cubanos] cometam erros, vamos puni-los ética, civil e criminalmente. Também vamos responsabilizar quem os trouxe para o Brasil. Se tiver de chamar a polícia, vamos chamar", João Gonçalves de Medeiros Filho, presidente do CRM da Paraíba

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"Não podemos dizer se sim ou não [sobre concessão do registro médico para os cubanos] porque essa medida do governo federal não é provisória, é improvisada. Depende de como as regras ficarem estabelecidas", João Gonçalves de Medeiros Filho, presidente do CRM da Paraíba

"Não vamos dar registro para médico estrangeiro só porque a Dilma, o Padilha e o Mercadante, a tríade do mal no Brasil, estão mandando", "Abdon José Murad Neto, presidente do CRM do Maranhão*

"A impressão sobre essa vinda dos médicos cubanos é a pior possível. Fica claro que o governo do PT quer pagar alguma dívida ou fazer algum agrado para o regime de Cuba, para os Castro", Abdon José Murad Neto, presidente do CRM do Maranhão

"O povo do Brasil precisa entender que não precisamos de médicos de fora, sejam eles de Cuba, Espanha ou qualquer outro lugar do mundo. Nós precisamos de condições para que os médicos brasileiros atuem com suporte", Abdon José Murad Neto, presidente do CRM do Maranhão

"A lei do conselho de medicina é de 1957 e ainda está em pleno vigor, não foi revogada. Médicos estrangeiros atuando sem o Revalida é um atividade ilegal, portanto, vira caso de polícia federal", Jefferson Jezini, presidente do CRM do Amazonas

"A orientação está sendo repassada a todos os médicos em todas as regionais: se vir o colega estrangeiro cometer uma infração, não vamos corrigir essa infração. Apenas se houver um paciente em risco, aí sim, temos a obrigação de socorrê-lo", Jefferson Jezini, presidente do CRM do Amazonas

"O pessoal que vem de Cuba segue proposta do Mao Tsé-Tung, que são os médicos descalços. São técnicos em medicina, e não médicos", Jefferson Jezini, presidente do CRM do Amazonas

"É lei. Não importa se o médico veio no colo do ministro ou da Dilma. É exercício ilegal da profissão, e isso é caso de polícia", Alexandre Bley, presidente do CRM do Paraná

"Se existe uma lei, você tem que cumprir. Não posso admitir canetada do governo", Alexandre Bley, presidente do CRM do Paraná

"Se esses médicos são competentes, como diz o governo, qual é o problema de revalidarem seu diploma? Um médico que tem 16 anos de experiência e fé no taco faz uma prova. Não faz?", Alexandre Bley, presidente do CRM do Paraná

"Não é reserva de mercado. É proteger a sociedade de um risco", Alexandre Bley, presidente do CRM do Paraná

"Não vai ter mais médicos, como diz o nome do programa, mas mais médicos atendendo ao governo federal", José Abelardo de Meneses, presidente do CRM da Bahia

"Faz parte da nossa responsabilidade enquanto órgão fiscalizador da profissão médica não fornecer o registro a qualquer um. Não vamos dar o registro, e eles se quiserem que vão à Justiça", Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (SP)

"Não somos contra a vinda de médicos formados do exterior para trabalhar no Brasil. Desde que eles façam a revalidação do seu diploma, ou seja, que eles cumpram as normas brasileiras e se submetam a um processo de avaliação da sua capacidade técnica", Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (SP)

"Vamos lutar até a última instância para não dar o registro [aos médicos estrangeiros] porque não temos condições de avaliar a qualidade mínima desses médicos para atender a população brasileira", Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (SP)


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