Folha de S. Paulo


Motoristas de vans escolares bloqueiam entrada da Prefeitura de SP

Os motoristas de vans escolares, que realizam nesta quinta-feira (22) um protesto em São Paulo, bloquearam a entrada e a saída da prefeitura da capital no começo desta tarde. Agentes da Guarda Civil Metropolitana estão no local com cachorros para proteger o prédio. Representantes da prefeitura tentam negociar com os perueiros.

Cerca de 100 condutores estão no local. "Ninguém entra, ninguém sai", gritam os manifestantes em frente a sede do executivo paulistano.

Mais cedo, os perueiros bloquearam a rua Líbero Badaró. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a via já foi liberada.

Os motoristas ainda interditam o viaduto do Chá na região central. No total, cerca de 100 vans bloqueiam a via que dá acesso a prefeitura de São Paulo.

Uma comissão de dez motoristas está reunida neste momento com o secretário de governo Antônio Donato. O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) está em um compromisso externo.

Após o término da reunião, os motoristas das vans prometem realizar mais uma carreata pelas principais ruas e avenidas de São Paulo. A expectativa é que o encontro termine por volta das 17h.

Segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Educação, das 1.983 peruas escolares de São Paulo, 178 pararam. Juntas essas vans transportam 3.560 crianças.

"Queremos um reequilíbrio econômico-financeiro. Os custos são muito altos perto do que ganhamos", disse Hélio Menezes presidente da Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo).

Segundo ele, os motoristas ganham de R$ 3 mil a R$ 8 mil reais por mês. Os gastos variam entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.

Para o presidente da Artesul, o valor repassado por aluno pela prefeitura é muito baixo. "Ganhamos R$36,88 por aluno transportado e R$ 0,25 por quilômetro rodado. Queremos receber R$ 80 por aluno no mínimo", disse.

Hoje, os perueiros recebem também um repasse da prefeitura de R$ 1.700 a R$ 2.800 fixos (dependendo do tamanho do carro). Eles querem mais R$ 3.000 no valor fixo e R$ 1,75 no quilômetro rodado.

Por meio de nota, a Prefeitura de São Paulo disse que vem mantendo um diálogo com as empresas, cooperativas e profissionais autônomos contratados para o Transporte Escolar Gratuito de estudantes.

Em maio, o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, disse que a gestão estudava abrir uma licitação para reformular o serviço.


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