O protesto dos motoristas de vans escolares que acontece na manhã desta quinta-feira na cidade de São Paulo prejudicou ao menos 30 mil alunos da rede municipal de ensino. Segundo Hélio Menezes, presidente de Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo), 55% dos condutores aderiram ao movimento.
No total 2.012 vans transportam mais de 70 mil alunos no município. De acordo com Menezes, as zonas norte e oeste foram as mais prejudicadas pela manifestação de hoje.
| Danilo Verpa/Folhapress | ||
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| Motoristas de vans escolares fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira em ruas de São Paulo |
"Alguns motoristas levaram as crianças para a escola e depois vieram participar do protesto. Na hora da saída das escolas esses motoristas se comprometeram com os pais que iriam buscar os alunos e levá-los para casa", disse o presidente que ameaça paralisar totalmente as atividades a partir do dia 1º de setembro caso a prefeitura não atenda as reivindicações da categoria.
Os motoristas pedem um reajuste salarial de 50%. A prefeitura afirma que deu um aumento de 15% em maio deste ano.
"Queremos um reequilíbrio econômico-financeiro. Os custos são muito altos perto do que ganhamos", disse Hélio Menezes presidente da Artesul (Associação Regional de Transporte Escolar de São Paulo).
Segundo Menezes, os motoristas ganham de R$ 3 mil a R$ 8 mil reais por mês. Os gastos variam entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.
Para o presidente da Artesul, o valor repassado por aluno pela prefeitura é muito baixo. "Ganhamos R$36,88 por aluno transportado e R$ 0,25 por quilômetro rodado. Queremos receber R$ 80 por aluno e R$ 1,75 por quilômetro rodado no mínimo", disse o Menezes.
Por meio de nota a Prefeitura de São Paulo disse que vem mantendo um diálogo com as empresas, cooperativas e profissionais autônomos contratados para o Transporte Escolar Gratuito de estudantes.