Os treze detidos após os confrontos com policiais militares na região da avenida Paulista na quinta-feira (1º) vão responder em liberdade por crimes de desacato, lesão corporal e resistência. Dois adolescentes terão que comparecer à Vara de Infância pelos mesmos atos infracionais.
Segundo o advogado Geraldo Santamaria Neto, um rapaz detido identificado como Vitor afirmou que foi preso só porque estava filmando os policiais que usavam cassetetes para atingir manifestantes durante um confronto. "Ele disse que não ofereceu resistência e mesmo assim bateram nas costas dele. Foram truculentos", disse Neto, defensor de oito jovens.
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A Folha filmou dois manifestantes com ferimentos no rosto sendo rendidos por PMs logo depois de um confronto. "Eu fui tentar liberar ele e agora já estou sem movimento do braço", disse o jovem, enquanto era levado por PMs até o carro da corporação. O outro jovem gritou: "Estou sendo preso sem motivo".
De acordo com Neto, as prisões foram ilegais. "Eles, na verdade, apanharam da polícia. Há filmagens que estão nas redes sociais que mostram a truculência", disse.
Em nota, a PM informou que três policiais foram feridos na manifestação. Os seis detidos em frente à drogaria [da rede Onofre], segundo a PM, "arremessarem objetos e pedras contra policiais". Foram apreendidos pedras, estilingue e bolinhas de gude. Os demais foram detidos na rua Augusta quando depredavam bancos com marretas. (GILBERTO BERGAMIM JR. E ANDRÉ MONTEIRO)