Folha de S. Paulo


Polícia libera 13 detidos durante protesto contra Alckmin em SP

A Polícia Civil liberou na manhã desta sexta-feira as 13 pessoas detidas na noite de ontem durante os protestos contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Todos prestaram depoimento e deixaram o 78º DP sem precisar pagar fiança.

A Secretaria da Segurança Pública não soube informar sob suspeita de quais crimes eles foram detidos.

Protesto faz comerciantes fecharem as portas em SP

No fim da noite de ontem, um grupo de manifestantes protestou em frente à delegacia após o protesto, que resultou em dois princípios de confusão. O grupo, de cerca de 500 pessoas, que já fazia uma passeata pela avenida Paulista, resolveu voltar para a rua Augusta após as detenções. Os manifestantes seguiram pela via até chegar na rua Estados Unidos, onde fica a delegacia. O local foi cercado pela polícia, que não permitiu a passagem de carros.

PROTESTO

O ato começou por volta das 17h30 no viaduto do Chá, na frente da prefeitura, no centro da cidade. Além do governador paulista, a Polícia Militar e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), também foram alvos da manifestação. Muitos gritos de ordem também lembraram o desaparecimento de Amarildo de Souza, 43, que sumiu na favela da Rocinha, no Rio.

Apesar das conversas entre PM e os manifestantes antes de começar a passeata, houve dois princípios de tumulto. Em um dos casos, a confusão começou quando um PM tirava fotos dos manifestantes que participam da passeata pela avenida Brigadeiro Luís Antonio, no centro.

Um PM da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) golpeou uma garota durante um empurra-empurra. Ela foi socorrida por uma colega e não teve o estado de saúde informado. O grupo então cercou policiais contra a parede e passou a jogar pedras. Marcha só seguiu quando outro grupo pediu calma e liberou os PMs cercados.

O outro princípio de tumulto ocorreu na Paulista, na altura da Bela Cintra, quando dois manifestantes picharam "Fora PM opressora" na parede de uma loja da Drogaria Onofre. Com isso, houve confusão e um grupo atirou bombas caseiras contra PMs. A Força Tática chegou a se posicionar, mas foi acalmada pelo comandante da operação.

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Na sexta-feira (26), durante cerca de uma hora e meia, manifestantes depredaram 13 agências bancárias sem que policiais militares agissem. A PM só agiu depois que um carro da TV Record foi depredado.

Na terça-feira (30) um outro ato também teve vandalismo. Ao todo, 20 pessoas foram detidas, sendo que 15 foram liberadas após averiguação. Cinco são suspeitas de depredar um carro da Rota (tropa de elite da PM).


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