Folha de S. Paulo


Manifestantes fecham pista da av. Paulista após princípio de tumulto

Os cerca de 500 manifestantes que protestam na região central de São Paulo na noite desta quinta-feira fecharam a pista sentido Consolação da avenida Paulista por volta das 20h. O ato é contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a Polícia Militar e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Antes de chegar à via, ainda na av. Brigadeiro Luís Antônio, houve um princípio de tumulto, quando um PM tirava fotos dos manifestantes. Houve empurra-empurra e um policial da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas) acabou golpeando uma garota, que foi socorrida por uma colega.

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Protesto faz comerciantes fecharem as portas em SP

O grupo então cercou policiais contra a parede e passou a jogar pedras. A marcha só seguiu quando outro grupo pediu calma e liberou os PMs cercados. Depois disso, o clima voltou a ficar mais calmo. Apesar disso, comerciantes em todo o percurso fecharam as postas.

O ato começou por volta das 18h em frente à prefeitura, porém, não houve palavras de ordem contra o prefeito Fernando Haddad (PT), nem contra a presidente Dilma Rousseff. O ato foi organizado pela redes sociais para protestar contra o desaparecimento do pedreiro, mas gritos contra os mandatários dos dois Estados foram frequentes.

O coronel Reynaldo Simões, que negociou com os manifestantes foi chamado o tempo todo de "assassino e fascista".

Faixas de protesto contra o governador Paulista focavam suspeitas nas licitações do metrô. "A Siemens já falou, e você governador?", em alusão às investigações em que um funcionário da multinacional denunciou cartel nas licitações para as construções de linhas.

Policiais militares acompanharam o ato ao lado dos manifestantes durante todo o ato. "Orientei para que eles (manifestantes) não rechacem a atuação da PM. Na semana passada, não havia previsão de depredação e houve. Hoje, entendemos que temos que ficar mais próximos", disse o major Genivaldo Antonio, que comanda a ação no centro.

"Estamos fazendo uma ação reforçada não só aqui, mas na avenida Paulista também", afirmou. Além de 50 PMs no Centro, há policiais na Paulista e na rua Augusta.

Na sexta-feira (26), durante cerca de uma hora e meia, manifestantes depredaram 13 agências bancárias sem que policiais militares agissem. A PM só agiu depois que um carro da TV Record foi depredado.

Na terça-feira (30) um outro ato também teve vandalismo. Ao todo, 20 pessoas foram detidas, sendo que 15 foram liberadas após averiguação. Cinco são suspeitas de depredar um carro da Rota (tropa de elite da PM).


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