Folha de S. Paulo


Grupo fecha pista da avenida 23 de Maio em ato contra Alckmin

Cerca de 300 manifestantes fecharam uma das pistas da avenida 23 de Maio por volta das 19h desta quinta-feira em um novo ato contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e contra o desaparecimento de Amarildo de Souza, 43, comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.

O grupo se concentrou no viaduto do Chá, na frente da Prefeitura de São Paulo, onde os organizadores negociaram com a Polícia Militar para tentar evitar novos atos de vandalismo e confrontos, como os registrados nas últimas sexta (26) e terça-feira (30).

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Policiais militares acompanham o ato ao lado dos manifestantes. "Orientei para que eles (manifestantes) não rechacem a atuação da PM. Na semana passada, não havia previsão de depredação e houve. Hoje, entendemos que temos que ficar mais próximos", disse o major Genivaldo Antonio, que comanda a ação.

"Estamos fazendo uma ação reforçada não só aqui, mas na avenida Paulista também", afirmou o major. Além de 50 policiais militares no centro, há policiais na Paulista e na rua Augusta. Um helicóptero Águia, da PM, também acompanha o protesto.

"A questão do vandalismo é muito moralista na nossa opinião. O vandalismo é necessário. Não agimos contra o patrimônio público, como a mídia coloca, nosso alvo são os acumuladores de capital", afirma jovem manifestante. Cobrindo o rosto, ele preferiu não se identificar.

Na terça-feira, o ato começou de forma pacífica, mas passou a ter depredação de agências bancárias e lojas quando o grupo passou pela Rebouças. Ao todo, 20 pessoas foram detidas, sendo que 15 foram liberadas após averiguação. As outras cinco são suspeitas de depredar um carro da Rota (tropa de elite da PM).


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