Folha de S. Paulo


Cinco manifestantes continuam presos após depredação a carro da Rota

Cinco manifestantes que foram detidos durante o protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que aconteceu na noite desta terça-feira na zona oeste de São Paulo, permaneciam presos por volta da 0h30. Segundo a polícia, eles foram presos em flagrante por depredarem um carro da Rota (troca de elite da PM).

Ao todo, 20 pessoas tinham sido detidas durante a manifestação, mas as outras 15 foram liberadas após averiguação. Segundo o delegado Armando de Oliveira Filho, os cinco que continuam presos serão acusados pelos crimes de formação de quadrilha, resistência à prisão, desacato e dano ao patrimônio público.

O protesto, que era pacífico no início, gerou confronto após algumas pessoas depredarem ao menos uma agência bancária e uma loja de carros na região da avenida Rebouças. A polícia respondeu aos atos de vandalismo com bombas de gás lacrimogêneo. O comércio da região fechou.

Após a dispersão, um grupo de cerca de 50 pessoas voltou a ser reunir no vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo), na avenida Paulista, de onde saíram emcaminhada até o 14º DP (Pinheiros), para onde tinham sido levados os presos. O grupo, porém, não conseguiu chegar à delegacia pois o quarteirão foi fechado pela polícia, impedindo a passagem dos manifestantes e de carros.

A manifestação desta terça-feira foi organizada pelas redes sociais, pelo mesmo grupo que já havia realizado um outro ato na última sexta-feira, na avenida Paulista, que terminou em vandalismo. Na ocasião, ao menos 13 agências bancárias foram depredadas, além de base da PM, uma concessionária e semáforos.

Organizadores do ato da semana passada disseram na ocasião que os 'black blocs' (grupo anarquista que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado, que era pacifico.


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