Folha de S. Paulo


Grupo protesta perto de delegacia após prisão de manifestantes

Um grupo de manifestantes protestava perto do 14º DP (Pinheiros), por volta das 23h10 desta terça-feira, após o protesto realizado no início da noite e que terminou em vandalismo e na detenção de 20 pessoas.

O grupo --formado por cerca de 50 pessoas-- caminhou do vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo) até a rua Deputado Lacerda Franco, mas não conseguiu chegar à delegacia pois o quarteirão foi fechado pela polícia, impedindo a passagem dos manifestantes e de carros.

Os manifestantes, então, permaneciam na rua Cardeal Arcoverde, que fica ao lado. Com gritos de ordem, eles pedem a passagem pela via.

As prisões ocorreram durante ato contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O protesto, que era pacífico no início, gerou confronto após algumas pessoas depredarem ao menos uma agência bancária e uma loja de carros na região da avenida Rebouças.

A polícia respondeu aos atos de vandalismo com bombas de gás lacrimogêneo. O comércio da região fechou.

Ao todo, 20 pessoas foram detidas, sendo 15 pelo policiamento da área e outras cinco pela Rota (tropa de elite da PM). Esses últimos teriam tentado depredar um carro da Polícia Militar.

A manifestação foi organizada pelas redes sociais, pelo mesmo grupo que já havia realizado um outro ato na última sexta-feira, na avenida Paulista, que terminou em vandalismo. Na ocasião, ao menos 13 agências bancárias foram depredadas, além de base da PM, uma concessionária e semáforos. Organizadores do ato da semana passada disseram que os 'black blocs' (grupo anarquista que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado, que era pacifico.


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