Folha de S. Paulo


Após confronto, manifestantes fazem passeata até delegacia em SP

Após o confronto ocorrido durante uma manifestação na zona oeste de São Paulo, cerca de 50 manifestantes iniciaram, por volta das 21h40, uma passeata até a delegacia para onde foram levadas as pessoas que foram detidas mais cedo.

O grupo se concentrou no vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo) após a dispersão ocorrida após uma série de atos de vandalismo e do confronto com a Polícia Militar. Ele então fechou a avenida Paulista em passeata até a Doutor Arnaldo, que estava fechada por volta das 22h.

Os manifestantes devem seguir então pela via até a Capote Valente e depois até a rua Deputado Lacerda Franco, onde fica o 14º DP (Pinheiros). Ao todo, 20 pessoas foram detidas, segundo a assessoria da PM. Quinze foram detidos pelo policiamento de área e outros cinco pela Rota (tropa de elite da PM).

CONFRONTO

O protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) começou de forma pacífica, no largo da Batata, em Pinheiros, por volta das 18h. Inicialmente, havia em torno de 30 manifestantes e 220 policiais. O grupo, porém, aumentou e saiu em passeata pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças, que chegaram a ser interditadas.

Na avenida Rebouças, ocorreram os primeiros atos de vandalismo, quando um pequeno grupo de pessoas atirou pedras contra ao menos uma agência bancária e uma loja de carros. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. O comércio da região fechou.

A manifestação foi organizada pelas redes sociais, pelo mesmo grupo que já havia realizado um outro ato na última sexta-feira, na avenida Paulista, que terminou em vandalismo.

Na semana passada, ao menos 13 agências bancárias foram depredadas, além de base da PM, uma concessionária e semáforos. Organizadores do ato disseram que os 'black blocs' (grupo anarquista que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado, que era pacifico.


Endereço da página:

Links no texto: