Folha de S. Paulo


Protesto volta a ter vandalismo e confronto em SP; 20 são detidos

Mais um protesto terminou em atos de vandalismo e confronto com a Polícia Militar na noite desta terça-feira, na zona oeste de São Paulo. Ao menos 20 pessoas foram detidas, sendo 15 pelo policiamento da área e outras cinco pela Rota (tropa de elite da PM).

O protesto contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) começou de forma pacífica, no largo da Batata, em Pinheiros, por volta das 18h. Inicialmente, havia em torno de 30 manifestantes e 220 policiais. O grupo, porém, aumentou e saiu em passeata pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças, que chegaram a ser interditadas.

Na avenida Rebouças, ocorreram os primeiros atos de vandalismo, quando um pequeno grupo de pessoas atirou pedras contra ao menos uma agência bancária e uma loja de carros. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. O comércio da região fechou.

Com isso, o protesto dispersou, mas pequenos grupos ainda se concentraram em pontos diferentes. Por volta das 21h10 ainda havia cerca de 40 pessoas no vão livre do Masp (Museu de Artes de SP). Não houve, porém, registro de novos confrontos.

A manifestação foi organizada pelas redes sociais, pelo mesmo grupo que já havia realizado um outro ato na última sexta-feira, na avenida Paulista, que terminou em vandalismo.

Na semana passada, ao menos 13 agências bancárias foram depredadas, além de base da PM, uma concessionária e semáforos. Organizadores do ato disseram que os 'black blocs' (grupo anarquista que prega a depredação do patrimônio publico e privado nos protestos) se infiltraram no ato organizado, que era pacifico.


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